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terça-feira, 19 de março de 2013

Figuras: Planas e Não-Planas

Trabalhar as formas geométricas pode ser bem divertido, e utilizando materiais simples, nada que te exija tempo demasiado.
Ao falar das figuras geométricas planas, discutimos oralmente cada forma, visualizando os desenhos em um cartas. Comparamos uma figura com a outra, observando o que elas tinham em comum e de diferente. Essa etapa foi um pouco complicada, pois poucos conseguiam ver as coisas comuns, esse momento exige muita concentração e observação. Coisa que meus pequenos ainda não estão acostumados a fazer. Anteriormente suas atividades consistia em apenas copiar os deveres e esperar a professora responder. Hoje, tenho exigido deles um raciocínio lógico e mais percepção, as tarefas de copiar são poucas, na maior parte da aula discutimos oralmente, elaborando argumentos.
Após discutirmos, sobre cada figura e comparar suas formas uma com as outras, foi lhes oferecido uma folha de A4, que tem a forma retangular, foi sugerido que transformassem a folha em um quadrado, e assim passo a passo fomos montando as peças do Tangram.
Foi distribuído lápis de cor e folha A4  e cada peça deveria ser pintada com uma cor, peças iguis cores iguais. E na folha A4 fizessem desenhos com as peças do Tangram. Foi super divertido e surtiu muito efeito. Ao terminar a tarefa continuamos a falar das figuras planas.
Após o recreio continuamos a falar sobre as figuras geométricas, mas agora sobre as não planas. Foi distribuído massinhas para cada um, nesse momento precisei ter um controle maior pois cada um queria fazer seus desenhos, que não estava em meus planos, eu tinha a ideia de fazer as formas geométricas nas massinhas para que eles pudessem ver que se tornaria sólida ou não plana. Tive que entrar no jogo deles, e a partir dos seus desenhos interrogar quais eram as figuras geométricas que compunham seu desenho. Foi feito isso com um por um. Depois de algum tempo fizeram as figuras geométricas que eu  havia pedido. e a discussão continuou sobre o que é sólido e plano.
A aula rendeu e alcançou minhas expectativas. Valeu a pena!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Aula com revistas e jornais

Hoje estava um tempo muito chuvoso e apenas 10 dos meus 28 alunos compareceram. A professora da outra turma de 3º ano faltou e a coordenadora pediu que juntasse as turmas.
O plano de aula que eu tinha elaborado para o dia, foi adiado, e como todo professor tem que ter uma carta na manga, eu tinha.
Conversei com a turma por alguns instantes, e perguntei o que eles jugavam mais necessário aprender na escola e que eles ainda não sabiam. A resposta foi em coral, "escrever meu nome todo". Estavam ali duas turmas que aclamavam por uma coisa que a maioria de nós achamos que já deveriam saber fazer. 
Arrumei a sala de forma que pudesse fazer uma mesa grande e todos sentarem juntos, não foi possível por conta do espaço físico da sala, mais montei 2 mesas grandes e os grupos se misturaram. Me aproximei de cada um e perguntava o nome completo, uns nem sabiam qual era seu nome completo, como não eram da minha turma fui a coordenação pegar o diário para saber qual era o nome. Feito isso, dei uma folha de ofício para cada criança onde cada um com auxilio do professor ou de um colega escreveu o nome completo. Em nenhum momento  foi falado pelo professor a letra que formava a palavra, o aluno foi associando o que já sabia com os sons da letra aos da palavra e assim foi sendo construído os nomes.
Após a escrita dos nomes foi distribuído revistas e jornais, para que encontrassem as letras que compunham seus nomes, sempre iniciando com letras maiúscula e as demais minúsculas.
Foi uma forma de se trabalhar o alfabeto maiúsculo e minúsculo.
Teve um aluno que disse que não conseguia e que não faria, conversamos e só fez os dois primeiros nomes.
Ao final da tarefa eles pediram para desenhar, e eu sugeri que desenhasse a si mesmo, e que contassem um pouco de como ele era. Todos riram e se divertiram muito com a atividade. Foi bem proveitosa



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segunda-feira, 11 de março de 2013

A Língua portuguesa nos Currículos de Final de Século

   Marildes Marinho




O texto direciona um olhar crítico ao currículo de Língua Portuguesa. A autora orienta que para analisar um currículo, seja ele de qualquer disciplina, deve ser abordado sob duas perspectivas mais gerais, influência externas e internas.
Historicamente houve várias mudanças na sociedade brasileira, que desencadearam movimentos que revindicavam uma escola para todos, pois até então a escola era direcionada para a classe alta/média. A operária não tinha vez.
Com a entrada da classe operária nas escolas o número de alunos aumentaram muito, nos anos 60. Professores foram recrutados para sala de aula, diante disso o processo foi menos seletivo.
O professor de língua portuguesa se vê cada vez mais dependente de um material completo, que supra as lacunas de sua formação.
O livro didático passa a assumir o papel de produtor das atividades, onde o mesmo deveria ser apenas um material complementar para o trabalho do professor, tem se tornado o "guia prático" em sala de aula. A gramática sempre foi usada como prioridade na escrita e oralidade. "Mesmo nos momentos em que se elege o texto como objeto de estudo, a gramática é um conteúdo autônomo e ao qual se dá maior enfase."p.47
Ao longo do texto essa é uma das críticas da autora, embora nos currículos se fale em trabalhar a oralidade, produção textual, o foco fica na gramática, ela fica autônoma.
O que têm acontecido é que se tem usado a gramática para trabalhar os textos, a produção textual, oralidade. E não o contrário, usar o texto para trabalhar os quatro eixos sem necessariamente focar a gramática, pois essa é a menos importante, diante da capacidade do indivíduo conseguir organizar suas ideias e expressa-la sem dificuldade oralmente e na escrita. O que adianta escrever um texto convencionalmente correto e o mesmo não possuir nenhum contexto.
Trago aqui dois exemplos, onde foi solicitado aos alunos que de seu jeitinho fosse escrito um cartão para homenagear a mulher mais importante de sua vida. 






Embora estejamos em pleno século XXI, ainda existem professores adeptos da cartilha. Essa semana ouvi de duas pessoas, uma orientadora pedagógica e outra professora do ensino fundamental. As duas colegas de trabalho, que me vendo desesperada tentando elaborar atividades contextualizadas para minha turma de 3º ano, onde 3 são pré-silábicos, 13 silábicos e 12 alfabéticos, ou seja uma turma heterogenia  que melhor seria trabalhar o B+A=BA a outra completou dizendo que fomos alfabetizados assim e deu certo. Perguntei se realmente fomos alfabetizados ou se só aprendemos a decodificar letras.Uma delas me ofereceu um texto que era sobra da aula que ela havia ministrado em sua turma, ao ler o pequeno texto, percebi que estava no tunel do tempo e voltado ao passado. Um método tradicional ainda tão presente nas salas de aula.
Aqui o texto trabalhado pela professora: