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quinta-feira, 15 de março de 2012

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
eu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)


Esta música relata exatamente o que meu caderno representava para mim...
Na infância, adorava desenhar, sempre havia uns corações e umas florzinhas que defeniam as margens do meu companheiro. Abaixo do cabeçalho sempre tinha o jardinzinho com muitas flores, árvores, sol entre as nuvens, andorinhas ou uma tentativa de representar as mesmas, tudo isso ao lado de uma casa com chaminé.
Ao descobrir o primeiro amor na pré-adolescência, era um tal de rabiscar "eu te amo"... Sempre tive muito zelo e capricho com meu caderno, era tudo muito organizado.
Hoje, já adulta e graduanda, minha relação com ele mudou um pouco, aquele apego que eu tinha já não existe mais, hoje são breves anotações importantes ou alguns resumos que me são necessários. No mais a relação da gente tem sido bem distante, mas nem sempre foi assim.

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