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quinta-feira, 29 de março de 2012

Linguagem Infantil

Debate 2

O processo de aquisição da escrita na educação infantil

Suely Amaral Mello



Linguagem infantil, outras formas de leituras
 "Sem exercitar essa expressão, o escrever fica cada vez mais mecânico, pois, sem ter o que dizer, a criança não tem o que escrever." Mello, Suely Amaral (2009)  p.27
Segundo Mello,  ensinar a criança a ler e escrever como um treino de forma mecanizada, sem exercitar a sua expressão é um erro. 
As crianças precisam brincar, desenhar, se expressar de alguma forma para que sua formação de identidade seja afirmada. Assimilar o que acontece ao seu redor e expressar isso em palavras é muito importante, ou seja, formar as ideias e organiza-las. 
O vídeo acima caracteriza essa expressão que Mello descreve como importante. Alfabetizar uma criança vai além da decodificação de sinais. Só se pode escrever aquilo que está interiorizado em forma de expressão quando existe uma relação de conforto e criatividade.
Coincidência ou não, ontem meu filho de 8 anos, trouxe uma atividade de casa que era para escrever uma história, narrar um acontecimento na primeira pessoa. Eu sempre o auxilio nas atividades de casa e ao seu coleguinha também. Os dois começaram a dizer como seriam suas histórias. Meu filho deu o tema de sua história de "A ilha Misteriosa" o amiguinho "Viagem no espaço" e começaram a imaginar suas aventuras antes de escrever. E percebi que ao fazer isso o processo da escrita foi muito fácil, até eles se surpreenderam com o quanto escreveram. Eles brincaram e disseram que estavam inspirados. Mas não deixa de ser verdade, antes de serem obrigados a escrever uma história qualquer eles puderam idealizar primeiro, se familiarizarem com o que eles iam escrever. E foi a partir desse episódio que consegui visualizar o que a autora tenta explicar em seu texto. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Debate 1

 Literatura com letras e sem letras na educação infantil do norte da Itália

Maria Cristina Rizzoli






      Lendo o texto de Maria Cristina Rizzoli me fez retomar várias situações vividas com meu filho. Por vária vezes ele me fazia perguntas e eu querendo sanar suas dúvidas respondia de forma racional, ele logo me dizia que não precisava falar mais que a resposta era grande. Quando a mesma situação acontecia com meu esposo, sua atenção era prendida e várias gargalhas eram dadas espontaneamente. Como ele gostava e ainda gosta de ouvir as histórias doidas do pai.  
      Infelizmente não sei contar histórias, sei ler histórias o que é bem diferente de contar...minha imaginação é limitada, já meu esposo viaja. Acho muito legal, até eu dou algumas gargalhadas com as histórias criadas por situações do nosso dia-a-dia, ele é uma comédia."Ouvir histórias desenvolve, também, uma capacidade de grande imaginação" Rizzoli p.9 - Madson tem uma ótima imaginação, gosto de suas redações, ele escreve bem e fala bem. 
Os livros e os desenhos animados que também são histórias despertam e aguçam a imaginação da criança facilitando sua expressão. Quando sua imaginação aflora seu poder argumentativo cresce e só poderá escrever se tiver o que dizer.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
eu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)


Esta música relata exatamente o que meu caderno representava para mim...
Na infância, adorava desenhar, sempre havia uns corações e umas florzinhas que defeniam as margens do meu companheiro. Abaixo do cabeçalho sempre tinha o jardinzinho com muitas flores, árvores, sol entre as nuvens, andorinhas ou uma tentativa de representar as mesmas, tudo isso ao lado de uma casa com chaminé.
Ao descobrir o primeiro amor na pré-adolescência, era um tal de rabiscar "eu te amo"... Sempre tive muito zelo e capricho com meu caderno, era tudo muito organizado.
Hoje, já adulta e graduanda, minha relação com ele mudou um pouco, aquele apego que eu tinha já não existe mais, hoje são breves anotações importantes ou alguns resumos que me são necessários. No mais a relação da gente tem sido bem distante, mas nem sempre foi assim.

INFÂCIA NA ESCOLA


Chegou o dia!
Aos 4 anos ingressei na vida escolar.
Tudo foi meio assustador, ver aquelas crianças gritando e desesperadas como se tivessem sendo levadas para casa do terror. Olhei meio desconfiada mais decidi ser forte e não chorar. 
Passaram-se os dias e logo com o jeitinho meigo da professora todas foram conquistadas e começaram a gostar do espaço escolar. Eram brincadeiras e atividades dinâmicas...sem esquecer da cartilha que tinha uma abelhinha na capa que foi bem marcante, tinha até musiquinha! "a,a,a faz a abelhinha..." 
Bom, nem tudo foram mil maravilhas na escola. Recordo-me do dia em que cometi minha primeira cola. É isso mesmo, ainda na pré-escola fiz minha primeira cola. Não intencionalmente, mas cometi o ato de colar...
Era uma prova de apenas figuras onde eu precisava escrever corretamente o nome de cada uma delas. A última figura era de um dado do qual eu não lembrava o nome, tive a infeliz ideia de ler o que o coleguinha tinha escrito, embora o dele estivesse errado me fez recordar o nome do desenho e escrevi corretamente o meu e alertei ao colega que o dele estava errado. Diante desse episódio fui reprimida pela professora e mesmo com o nome escrito corretamente tive a questão anulada.
Hoje isso me fez parar e pensar na atitudde daquela professora, ela em nenhum momento valorizou o fato de eu já saber ler e escrever,  sim o fato de eu não lembrar o nome  do desenho...o fato de eu ter colado era algo que deveria ser conversado. O bom foi que mesmo triste não deixei que esse pequeno episódio tornasse minha vida escolar uma droga, mas aprendi que se eu não lembrasse era melhor deixar em branco.